Quem sente dor na planta dos pés costuma imaginar que a causa do incômodo é uma pisada errada, talvez a torção de um nervo. Alguns até podem achar que o calcanhar está inflamado (esporão de calcâneo). Contudo, nem todas as dores que atingem nosso corpo, principalmente o pé, têm uma resposta simples. Em alguns casos, essa dor pode ser um sintoma de fascite plantar.
Se você ainda não conhece essa doença, veja agora suas principais características, no que ela se difere do esporão e quais são suas formas de tratamento e prevenção, além de entender como a escolha do calçado ideal pode ajudar nesse processo. Confira agora mesmo!
O que é fascite plantar?
Há, no nosso pé, um tecido fibroso chamado de fáscia plantar: ele se estende por toda a base do pé e tem como inserção o osso do calcâneo. A fascite nada mais é do que uma inflamação nesse tecido, que provoca uma dor próxima à região do calcanhar ao pisar.
Fascite plantar x esporão de calcâneo
É possível notar que há um bom motivo para que as pessoas confundam essas duas patologias. Enquanto a fascite é uma inflamação da fáscia, o esporão é causado por uma tensão no mesmo local.
Isso começa a “puxar” o osso do calcâneo, fazendo com que haja maior depósito de cálcio no local da inserção do tecido. Tal condição forma a espícula, causadora da dor no pé na região do calcanhar. Além disso, existem diferenças em relação aos exames diagnósticos: no caso do esporão, um raio-X se faz necessário; já na fascite, esse exame não apresentará nenhuma anomalia.
Quais são os fatores de risco?
Saiba que a fascite plantar é uma doença que pode se manifestar em qualquer tipo de pessoa. Porém, existem algumas características e comportamentos que ajudam a potencializar a sua aparição. Entre eles estão:
- pessoas que estão entre os 40 e 60 anos podem ter uma propensão maior a manifestar a doença. Lembrando que ela atinge tanto homens quanto mulheres dessa faixa etária;
- para aqueles que praticam atividades que estimulam o sobrepeso sobre os pés, como corredores, ginastas e bailarinos, há uma tendência a apresentar essa doença. Além disso, mulheres que gostam de usar salto alto com frequência também podem ter o problema;
- obesidade é outro fator para a doença aparecer, assim como pessoas que ganharam peso recentemente;
- as pessoas que têm pés que se enquadram como chatos ou planos, em que há maior apoio entre a sola do pé e o arco plantar é mais baixo, têm chances de apresentar a doença;
- o problema também ocorre com pessoas com pés cavos, ou seja, têm menos contato da sola do pé com o chão e o arco plantar mais elevado. Isso acontece porque o peso do corpo não é distribuído adequadamente;
- os indivíduos em que o tendão de aquiles é curto, por causa do retesamento da panturrilha, falta de amortecimento do osso calcâneo ou uso frequente de sapato alto, também estão propensos à fascite.
Quais são os principais sintomas da fascite plantar?
A dor na planta dos pés é o sintoma mais comum em quem sofre de fascite. Ela pode ser crônica (ou seja, constante) ou aguda, sendo caracterizada como uma dor fina e pontual. Essa dor costuma surgir nas seguintes situações:
- nos primeiros passos do dia ao acordar;
- ao subir escadas;
- após realizar atividades físicas de alta intensidade;
- após ficar em pé por muitas horas.
Como se prevenir?
Existem diversas formas de evitar que a fascite plantar apareça. Aqui, separamos algumas delas. Veja agora:
- faça alongamentos antes e depois dos exercícios. Não apenas no pé, mas também em toda a cadeia posterior do corpo — isso ajudará a evitar a inflamação da fáscia;
- tenha um bom fortalecimento muscular nessa região;
- cuide do seu peso: como falamos nos tópicos anteriores, pessoas com sobrepeso têm mais chances de desenvolver a fascite por conta da grande pressão exercida sobre os pés no dia a dia;
- caso seu pé seja do tipo chato, cavo ou tenha uma pronação excessiva (apoio na parte interna do pé no momento da passada), recomenda-se usar palmilhas corretivas;
- evite andar descalço em superfícies muito rígidas ou caminhar nas pontas dos pés;
- tenha certeza de que os calçados têm o amortecimento adequado para absorção do impacto e asseguram o apoio necessário para o arco do pé, conforme a atividade exercida;
- deixe para usar os saltos altos em ocasiões propícias e por um tempo menor. Na rotina, opte por sapatos com saltos mais baixos. Além disso, evite os apertados ou largos demais, de sola fina ou muito gasta.
A fascite plantar pode gerar maiores complicações?
Deixar de cuidar da fascite plantar pode levar a dores crônicas no calcanhar, gerando maiores dificuldades na execução de tarefas simples e que fazem parte do dia a dia. Essas complicações podem atingir não apenas o pé, mas se estender para joelhos, coluna, entre outros.
É possível curar a fascite plantar?
Existem diversos tipos de tratamentos não cirúrgicos que podem colaborar para a minimização da dor. Essas terapias podem durar meses, anos ou até que os sintomas sumam. Isso vai depender das condições de cada paciente. Também pode acontecer de algumas pessoas precisarem passar por cirurgia para tentar solucionar o problema.
Como realizar o tratamento?
Após o médico (normalmente o ortopedista) dar o diagnóstico, ele indicará o tratamento a ser feito, incluindo a possibilidade de usar medicação.
O tratamento conservador ocorre com o auxílio da fisioterapia por alongamentos, liberação da fáscia plantar e fortalecimento dos músculos dos pés. Também há o uso da termoterapia, que pode ser realizada em casa da seguinte forma:
- gelo: colocar o pé, por inteiro, dentro de uma bacia com gelo por cerca de 10 a 15 minutos, pouco antes de dormir. Isso ajuda a diminuir o processo inflamatório;
- calor: deve ser utilizada uma bolsa de água quente sobre o calcanhar logo pela manhã para amenizar a dor nesse período do dia.
Para aliviar a dor na planta dos pés, outra indicação é comprar tênis com um bom sistema de amortecimento, sempre acompanhado de palmilhas corretivas, quando necessário.
Por que usar calçados ortopédicos?
Existem diversos benefícios de utilizar calçados que foram especialmente fabricados para trazer conforto e manter a saúde dos pés. Especificamente no caso da fascite, esses sapatos são fundamentais para o alívio dos sintomas, além de terem sido feitos para ajudar no suporte do arco plantar, região que, como vimos, é bastante afetada por essa doença.
É bom saber que esse tipo de calçado é feito para auxiliar na necessidade de equilibrar a distribuição do peso do corpo, fazendo com que a carga seja espalhada de forma a ter uma divisão correta das áreas que sofrem pressão. Sendo assim, é um modelo que melhora os estímulos do sistema nervoso, ajuda a aliviar a dor e auxilia a postura.
Esses calçados são feitos com a ajuda de profissionais que entendem as necessidades dos pés de quem tem fascite. Ademais, a escolha dos materiais é pensada especificamente para essa situação — oferecendo conforto e segurança para quem quer melhorar sua qualidade de vida mesmo com a doença.
Como escolher os sapatos mais confortáveis para quem tem fascite plantar?
Com o intuito de amenizar os sintomas provocados pela fascite plantar, é possível optar por sapatos mais confortáveis para utilizar no dia a dia. Veja quais critérios devem ser observados para escolhê-los.
Impacto leve com o solo
O calçado mais adequado para quem tem fascite plantar proporciona o menor impacto possível quando o pé alcançar uma superfície dura, o que vai gerar um menor acometimento de dor.
Apoio de arco e calcanhar
Apesar de o amortecimento ser uma ótima maneira de proporcionar mais conforto para os pés, contar com um bom suporte é essencial. Isso porque é o apoio do arco e do calcanhar, e não o amortecimento disponibilizado pelo calçado, que vai oferecer as condições necessárias para a prevenção da fascite plantar.
Contador de calcanhar firme
Esse critério deve ser observado tendo em vista que um contador de calcanhar firme reduz de forma considerável o alongamento anormal da fáscia plantar e minimiza a inflamação e dor no arco do pé e calcanhar. Esse efeito é interessante levando em conta que esses problemas estão ligados à fascite plantar.
Rigidez na sola e amortecimento no centro do pé
Outra questão importante quando for escolher o melhor sapato para suportar e reduzir os sintomas provocados pela fascite plantar é a rigidez na sola do calçado, bem como o amortecimento no meio do pé, já que essas características vão auxiliar na diminuição do impacto do calcanhar, que é um local onde existe dor interligada à fascite plantar.
Um sapato desenvolvido com um fundo de balanço ou entressola grossa pode ser a melhor alternativa para quem apresenta esse tipo de problema.
Bem, até aqui você acompanhou as principais informações sobre a fascite plantar, que se trata de uma doença que está entre as causas da dor na planta dos pés e que, se não diagnosticada em tempo hábil, pode trazer sérios desconfortos para o paciente.
Apresentamos também a importância do calçado adequado, como os modelos ortopédicos, para ajudar no alívio e no tratamento dessa doença. Por isso, o ideal é colocar as dicas apresentadas aqui em prática e amenizar os desagradáveis sintomas provocados por esse tipo de condição.
Caso esteja precisando de algum tipo de sapato ortopédico, aproveite para dar uma olhada nos modelos disponíveis em nosso site. Temos certeza de que temos um sapato que, além de ajudar a livrar você desse incômodo, também caberá no seu bolso!
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