Envelhecimento ativo: tudo o que você precisa saber sobre o assunto - Meu Pé de Conforto

Envelhecimento ativo: tudo o que você precisa saber sobre o assunto

Postado em 13/04/2020

Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), a expectativa é de que, até o ano de 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais atinja cerca de 2 bilhões em todo o mundo. Por isso, é muito importante que cada indivíduo se preocupe em alcançar um envelhecimento ativo e saudável, para manter sua independência e autonomia quando chegar à terceira idade.

Para que isso seja possível, devemos buscar formas de otimizar a qualidade de vida para que o processo natural de envelhecimento não traga consigo problemas de saúde ou limitações.

Esse objetivo pode ser alcançado por meio de uma ação conjunta entre a própria pessoa, sua família e os governantes, com a adoção de políticas públicas para favorecer a qualidade de vida da população. Neste artigo falaremos sobre esse assunto e apontaremos o que pode ser feito para alcançarmos um envelhecimento mais ativo e com saúde. Continue lendo!

Fatores que determinam um envelhecimento ativo

De acordo com o Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde, publicado em 2015 pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o envelhecimento saudável consiste no “processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar em idade avançada”.

No entanto, segundo o mesmo relatório, existe uma discriminação etária generalizada, colocando o estereótipo de que pessoas mais velhas são dependentes ou um fardo, o que não é verdade.

A explicação para isso estaria no fato de que é esperado que pessoas idosas fiquem doentes e não consigam produzir. É verdade que o processo natural de envelhecimento traz perdas biológicas que afetam as capacidades físicas e mentais, mas é possível minimizar ou retardar esses impactos.

Para isso, o cuidado com a saúde e a mente precisa começar o quanto antes e se intensificar com o avanço da idade. Desse modo, o indivíduo se torna um sujeito ativo na manutenção do seu bem-estar físico, mental, social e emocional, garantindo sua participação na sociedade conforme seu desejo, necessidade ou capacidade.

Diversos fatores ajudam a determinar um envelhecimento ativo, como:

  • cuidado com a saúde física;
  • manutenção da atividade cerebral;
  • convívio familiar e social;
  • aprendizado constante;
  • combate do sedentarismo;
  • participação nas questões públicas.

Benefícios da alimentação para um envelhecimento de qualidade

Os alimentos são o “combustível” para o corpo humano. Sendo assim, para que as suas “peças” funcionem corretamente e não ocorra nenhum tipo de falha, é fundamental que esse combustível tenha uma boa qualidade.

É sabido que a alimentação influencia de forma direta a saúde do corpo, afinal, por meio dela obtemos os nutrientes necessários para manter o funcionamento dos órgãos em equilíbrio. No entanto, quando oferecemos para o organismo substâncias nocivas, isso compromete as funções orgânicas.

Uma dieta rica em gorduras, alimentos industrializados, frituras, açúcar e carboidratos simples aumenta os riscos de diversos problemas, como:

Todas eles são pontos de partida para problemas mais graves, como o câncer. Por isso, o ideal é manter uma alimentação variada e rica em alimentos naturais, evitando o que faz mal.

Importância da atividade física na terceira idade

Existe a ideia de que a partir de uma determinada idade as pessoas não têm mais capacidade ou condições físicas para se submeterem ao esforço. Porém, o envelhecimento ativo exige também a prática de atividades e exercícios, a fim de manter o organismo funcionando.

Uma máquina muito tempo parado enferruja, e podemos dizer que acontece o mesmo com o nosso corpo. A prática de exercícios físicos é fundamental para manter a saúde das articulações, da musculatura, dos tendões e até mesmo dos ossos.

Ela ajuda a controlar os níveis de colesterol, glicose, triglicerídeos, elimina toxinas e melhora a função cardiorrespiratória e a circulação. Sem falar que os exercícios ajudam a regular a liberação de hormônios, fundamentais para o equilíbrio químico do corpo. Eles garantem saúde física e mental, além de sensação de bem-estar e redução do estresse.

Iniciativas que promovem ambientes seguros e apropriados

É importante entender que quando chegar à terceira idade seu organismo não funcionará da mesma forma como quando tinha 20 ou 30 anos. Tudo será diferente e haverá algumas limitações, como no equilíbrio, na coordenação motora, na audição e na visão.

Por isso, o envelhecimento ativo também envolve trabalhar os ambientes. Eles precisam estar adaptados e adequados para que sejam seguros e apropriados às pessoas dessa faixa etária. Desse modo, elas podem realizar as tarefas rotineiras sem riscos nem a necessidade de pedir ajuda para os mais jovens. Aqui cabe, por exemplo:

  • manter uma boa iluminação;
  • eliminar obstáculos;
  • preferir rampas em vez de degraus;
  • optar por pisos antiderrapantes;
  • instalar corrimões e alças de apoio;
  • manter objetos ao alcance das mãos;
  • adotar sistemas de segurança inteligentes e automatizados; entre outros.

Relação entre independência e envelhecimento ativo

Conforme citamos, as gerações mais jovens costumam ver pessoas idosas como seres dependentes. Muitas vezes até mesmo o próprio idoso se vê dessa forma, em função das mudanças que acontecem em seu organismo e das limitações que passa a apresentar. Porém, você viu que a manutenção da saúde física e mental pode mudar essa realidade.

Não há como deixar de ficar velho, mas é possível envelhecer com mais saúde e qualidade de vida. Manter o corpo e a mente ativos, bem como adotar hábitos saudáveis para prevenir as doenças típicas da terceira idade, aumentam a qualidade de vida e minimizam a dependência.

A velhice não precisa ser sinônimo de passividade, dependência e corpo doente. Mas é preciso ter consciência do avanço da idade e da importância de adotar cuidados maiores, de acordo com as próprias necessidades. O orgulho e a teimosia devem ficar de lado para assumir as mudanças que estão acontecendo e se adequar a elas.

Isso significa que não há como competir com o tempo, nem tentar fazer o mesmo que se fazia quando se tinha 20 anos. Mas é possível se adequar a essa nova realidade e fazer uma transição suave, para conseguir se manter em atividade e não ser dependente.

Trata-se de um processo muito individualizado de autoconhecimento e auto aceitação. Para ter um envelhecimento ativo e ser de fato independente, é fundamental entender que agora saúde e qualidade de vida são prioridades, então, é preciso fazer tudo que for possível para viver melhor.

Estratégias para cidades promoverem o envelhecimento ativo

Ao longo deste artigo reforçamos a importância das atitudes individuais para alcançar o envelhecimento ativo. No entanto, também cabe à família, à sociedade e aos governantes garantir para os idosos a possibilidade de se manterem ativos com segurança.

Para que essa parte da população possa participar da sociedade, é fundamental que as cidades estejam adequadas às suas necessidades. Falamos, por exemplo, sobre favorecer a mobilidade garantindo a boa qualidade das calçadas e pavimentos.

A sinalização de trânsito deve estar clara e respeitar as limitações dos cidadãos dessa faixa etária. Os ambientes públicos precisam ser adaptados do mesmo modo como as residências. Além disso, avisos, mensagens, instruções e até mesmo cardápios precisam adotar letras maiores e uma linguagem compreensível.

Em 2018, o Brasil lançou a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, visando promover um envelhecimento ativo, sustentável e saudável para os brasileiros, respeitando os direitos da pessoa na terceira idade, evitando abusos e garantindo a sua qualidade de vida.

O intuito é atender as recomendações da OMS para desenvolver planos de ação adaptando as cidades à necessidade do idoso. Esses planos visam oito domínios da vida urbana que influenciam a qualidade de vida e a saúde da população idosa, sendo:

  • habitação;
  • transportes;
  • participação social;
  • comunicação e informação;
  • respeito e integração social;
  • espaços ao ar livre e edifícios;
  • participação cívica e emprego;
  • apoio da comunidade e serviços de saúde.

Portanto, cabe ao indivíduo cuidar de si mesmo para ter um envelhecimento ativo, mas isso também é responsabilidade dos seus familiares, dos empregadores e dos governantes. Então, faça sua parte e exerça sua cidadania, para chegar à terceira idade com saúde física e mental, em um ambiente adequado as suas necessidades e que permita sua independência.

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