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Coronavírus em idosos: por que é importante redobrar os cuidados?

Logo no final de 2019, o mundo foi surpreendido por uma nova doença que teve início na China: a chamada COVID-19. Desde então, milhares de pessoas foram infectadas no país e, devido à globalização e à intensa circulação de pessoas pelo mundo, o vírus se espalhou para vários outros lugares.

Diante disso, no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a propagação do coronavírus como uma pandemia, dada a sua rápida proliferação e as mortes provocadas por ele.

No Brasil, a primeira ocorrência da COVID-19 foi no dia 25 de fevereiro, onde o vírus também não demorou a se espalhar. De maneira geral, a preocupação gira em torno da população idosa, que faz parte do chamado grupo de risco.

Continue acompanhando este post para entender mais sobre essa pandemia e como ela surgiu. Vamos também explicar quais são as principais formas de contágio e como se prevenir, principalmente para as pessoas da terceira idade. Confira!

O que é uma pandemia?

Você já deve ter ouvido falar em “epidemias”, não é? A expressão descreve uma situação em que há vários casos de uma doença (também chamados de “surtos”) em regiões diversas. Isso pode acontecer em um mesmo município, estado ou até mesmo país, se espalhando rapidamente devido à mutação de um agente transmissor ou ao surgimento de um novo.

Pandemia, por sua vez, está relacionada a uma epidemia de grandes proporções. Sendo assim, ela atinge rapidamente um ou mais continentes do mundo, contagiando milhares de pessoas, podendo causar mortes. Para ser considerada pandemia pela OMS, a doença deve atender a critérios como:

  • se espalhar para uma grande quantidade de pessoas;
  • causar mortes;
  • ser infecciosa.

O que são os coronavírus e como surgiram?

Já considerada uma doença pandêmica, o novo coronavírus, na verdade, não é desconhecido. Trata-se de um vírus pertencente a uma grande família viral, apresentando-se de diversas maneiras. Capazes de causar doenças respiratórias leves a moderadas, eles foram descobertos em meados de 1960.

Esses tipos de vírus estão comumente presentes em animais, sem necessariamente causarem prejuízos a eles. No entanto, ao ser transmitido para humanos, alguns podem sofrer mutação e infectá-los, causando surtos de doenças respiratórias graves. Esses foram os casos das SARS-CoV (Severe Acute Respiratory Syndrome) e da MERS-CoV (Middle East Respiratory Syndrome).

A primeira teve seus primeiros casos registrados em 2002, também na China, e se espalhou rapidamente para outros quatro continentes. Já a segunda foi descoberta em 2012, na Arábia Saudita, e se espalhou por três continentes.

A COVID-19 (também chamada de “novo coronavírus”), por sua vez, teve início na cidade de Wuhan, na China, sendo seu primeiro registro feito em 31 de dezembro de 2019.

Tudo começou com uma grande quantidade de notificações de casos de uma espécie de pneumonia na cidade, a qual acometeu pessoas em meados de dezembro. Logo observou-se que essas eram pessoas que haviam estado fisicamente em um mercado de frutos do mar da cidade ou tido contato com seus produtos.

No ambiente pouco salubre, eram vendidas carnes diversas e exóticas, sendo comum também o comércio de animais silvestres vivos em condições de pouca higiene e salubridade.

Desde o primeiro contágio, então, a doença atingiu milhares de pessoas na China até ser, de fato, diagnosticada no dia 9 de janeiro de 2020. Apenas dois dias depois, foi registrada a primeira morte decorrente da doença e, em 10 dias, o número de mortos naquele país aumentou para 170.

Rapidamente, o vírus se espalhou e ganhou novos infectados na Tailândia, no Japão e na Itália. Nesse último país, os resultados foram catastróficos: pelo fato de a doença ser mais severa em pessoas mais velhas, nesse, que é o país com maior quantidade de idosos do mundo, a infecção foi ainda mais rápida, causando muitas mortes.

Em março, em apenas um dia (18), foram registradas 475 mortes no país decorrentes do novo coronavírus.

Como acontece a transmissão do vírus?

Altamente infeccioso, o novo coronavírus pode ser transmitido por diversos meios, entre eles:

  • gotículas de saliva;
  • espirros;
  • tosse;
  • contato próximo;
  • superfícies contaminadas.

Além disso, estudos publicados em um importante periódico médico indicam que o vírus é capaz de permanecer por até três horas no ar. Isso significa que quando uma pessoa contaminada espirra em um ambiente fechado, por exemplo, é possível que até três horas depois outra pessoa possa ser infectada pela doença. Ele ainda se mantém presente nas fezes de pessoas contaminadas.

O mesmo acontece com superfícies de objetos: no aço e no plástico, o vírus sobrevive por cerca de 72 horas; no papelão, 24 horas; no cobre, ele ainda pode sobreviver por 4 horas. Nos tecidos, os coronavírus podem se manter ativos entre 72 e 96 horas.

A infecção, de fato, ocorre quando a pessoa tem contato com o vírus por via respiratória, contato com gotículas contaminadas ou quando leva mãos contaminadas aos olhos, à boca ou ao nariz.

Quais são os sintomas da doença?

Os sintomas do novo coronavírus se assemelham ao de uma gripe comum, de resfriados e de alergias, o que dificulta sua identificação. No entanto, a evolução dessas patologias se diferem, sendo importantíssimo o diagnóstico adequado.

Os principais sintomas da COVID-19 são: febre, tosse e dificuldade de respirar. Pode haver, ainda, dores na garganta, coriza, congestão nasal e diarreia. Sua evolução é lenta, quando comparada a gripes comuns, por exemplo, podendo durar entre 3 e 25 dias. Já os sintomas podem permanecer por entre 3 e 15 dias.

É importante também ficar atento ao período de incubação, que se refere ao tempo entre a infecção pelo vírus e a ocorrência dos sintomas. Ele pode durar entre 1 e 14 dias, sendo a média mais comum 5 dias.

Os idosos fazem parte do grupo de risco?

O grupo de risco, ou seja, as pessoas que estão mais propensas a terem complicações decorrentes do coronavírus, é composto por:

  • idosos;
  • pessoas com diabetes;
  • hipertensos;
  • portadores de doenças respiratórias crônicas;
  • pessoas com doenças cardiovasculares;
  • aqueles que têm insuficiência renal crônica.

É importante ressaltar que a taxa de mortalidade em pessoas com mais de 80 anos aumenta 15%. Elas se encontram nesse grupo devido, principalmente, à imunidade mais baixa e menor quantidade de anticorpos provocadas pela idade avançada. Com isso, órgãos como pulmões e mucosas se tornam ainda mais vulneráveis a infecções.

Há, ainda, o fato de que essas pessoas podem se engasgar com mais facilidade, levando a mão à boca, e de que, devido à frágil imunidade, frequentam hospitais com maior recorrência. Tornam-se, assim, mais expostos à contaminação por microorganismos como o coronavírus.

Como prevenir a contaminação dos idosos pelo coronavírus?

Dado o alto grau de infecção da doença, é fundamental tomar alguns cuidados para evitar a contaminação do coronavírus em idosos. Primeiramente, é preciso evitar aglomerações e isso se refere não apenas aos idosos, mas às pessoas em geral.

Isso porque, como são facilmente afetados pelo vírus, basta que pessoas no seu entorno se contaminem para que elas se tornem um grande risco para os mais velhos. Então, o indicado é que todos (crianças, jovens, adultos e idosos) se mantenham isolados, evitando ao máximo sair de casa.

No caso dos idosos, essa recomendação é ainda mais forte. Caso recebam visitas, é fundamental que não haja contatos físicos, como abraços e beijos. Em segundo lugar, todos devem lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos e passar álcool em gel, sendo essas as maneiras mais eficientes de evitar o contágio.

Quais as principais recomendações para quem está no grupo de risco?

Como mencionado, são fortes as recomendações de que os idosos permaneçam dentro de casa, evitando ao máximo o contato com outras pessoas. Compras de supermercado e farmácia, por exemplo, devem ser feitas com a menor frequência possível e, de preferência, por familiares ou amigos.

Além disso, é importante que idosos se alimentem adequadamente e, na medida do possível, se mantenham ativos dentro de casa, levantando-se para buscar água, caminhando pelo ambiente e mantendo contato com familiares e amigos de modo seguro.

Afinal, devemos nos lembrar de que o isolamento os torna também mais vulneráveis a doenças como a depressão.

Outras medidas incluem evitar levar as mãos aos olhos, boca ou nariz. Ao tossir ou espirrar, usar sempre um lenço de papel, descartá-lo imediatamente e lavar as mãos novamente.

O que fazer em caso de identificar algum dos sintomas?

Antes de ter atenção a sintomas físicos especificamente, deve-se observar se o idoso esteve em alguma situação de risco nos últimos dias. Isso inclui fatores como ter algum tipo de contato físico com pessoas que viajaram para o exterior recentemente e apresentaram suspeita ou confirmação para a COVID-19 nos últimos 14 dias.

Já no que se refere aos sintomas, os do novo coronavírus são muito semelhantes aos de gripes comuns, resfriados e alergias. Desse modo, é imprescindível ter atenção principalmente à febre, caso haja. Somada a pelo menos um problema respiratório, como tosse e dificuldade para respirar, pode ser indício de necessidade de atendimento médico.

Nesses casos, é indicado procurar a rede de atenção básica para que seja feita a notificação adequada. A rede privada de saúde também pode ser consultada e, em caso de coleta de material para testes, o médico notificará o município. É importante ressaltar que apenas esse profissional da saúde está capacitado para identificar a necessidade ou não de testes.

Reforça-se, ainda, a orientação de uso de máscaras de proteção das vias aéreas apenas para quem estiver com algum sintoma, ainda que leve. Essas pessoas devem ficar isoladas por pelo menos 14 dias.

O que os idosos podem fazer no período de quarentena?

Ainda em período de quarentena, é possível fazer atividades produtivas e que tornem esse momento mais leve para os idosos. A diversão é uma das maneiras de diminuir o estresse, reduzindo os níveis de cortisol no corpo, um hormônio que prejudica a imunidade.

A seguir, confira algumas dicas do que fazer para se distrair e manter hábitos saudáveis.

Assistir a filmes

Assistir a filmes e séries é uma ótima maneira de ajudar a passar o tempo em casa e, também, de manter a mente ocupada. Esse tipo de atividade faz com que nosso cérebro se mantenha em atividade por meio de pensamentos e questionamentos acerca do enredo da obra, sendo esse um ótimo exercício mental.

Ainda, em tempo de novas tecnologias, assistir a filmes se tornou ainda mais fácil, graças aos serviços em streaming, como a Netflix. Por meio deles, é possível ter acesso a várias opções de gêneros e também a séries diversas.

Ter o hábito da leitura

Assim como os filmes, os livros também são uma ótima forma de se distrair. Por meio deles, é possível agregar conhecimento, estimular a memória, ampliar os horizontes e, ainda, se sentir menos sozinho.

Também de forma semelhante aos filmes, a internet é uma ótima aliada na leitura, havendo sites com e-books (livros virtuais) gratuitos ou até mesmo a preços menores que o de livros físicos.

Descobrir novas receitas

Cozinhar pode ser uma terapia e tanto para uma quarentena. Com esse tipo de atividade, é possível manter a mente ativa, trabalhar a coordenação motora, se distrair e ainda se deliciar com pratos maravilhosos!

Fazer artesanatos

Costurar, pintar, fazer esculturas de argila são boas opções para os idosos, que precisam se manter em casa para evitar contaminação por coronavírus. Além de trabalharem a imaginação, esses são, de alguma maneira, exercícios para o corpo se manter ativo nesse período, estimulando, inclusive, a boa circulação sanguínea.

Estimular exercícios para a mente

Palavras-cruzadas, caça-palavras, quebra-cabeças e atividades semelhantes já são bem conhecidas por alguns idosos e devem ter suas práticas incentivadas em período de quarentena. Elas promovem distração, exercício da memória e da concentração, sendo ótimos estímulos.

Fazer exercícios por videoaula

A impossibilidade de frequentar uma academia, caminhar nas ruas ou fazer aulas de ginástica não deve ser motivo para que os idosos não se exercitem durante a quarentena. Nesse período, é possível fazer exercícios físicos dentro de casa e manter o condicionamento físico sem necessariamente precisar de muitos equipamentos.

Para isso, uma boa ideia é contar com a tecnologia, usando aplicativos e sites que orientam quanto à prática adequada desses exercícios. Aqui, é fundamental não exagerar, realizando os movimentos de maneira concentrada para evitar lesões, combinado?

É possível, ainda, contar com o apoio remoto de um profissional de educação física que, por meio de uma chamada de vídeo, por exemplo, possa orientar sobre a atividade.

Como podemos perceber, os cuidados devem ser redobrados quando o assunto é coronavírus em idosos, uma vez que eles fazem parte do grupo de risco da doença. Por serem mais vulneráveis a ela, precisam seguir ao máximo as recomendações de proteção, mantendo o isolamento e evitando contaminação.

Por fim, é preciso também esforços por parte de toda a população para evitar a proliferação do vírus e, assim, proteger os mais velhos, sendo imprescindível seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil.

Dessa forma, são maiores as chances de parar o alastramento da doença e, aos poucos, promover a diminuição da pandemia.

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