
Infelizmente, ao longo de nossa trajetória, estamos sujeitos a ter algumas enfermidades degenerativas. Algumas delas não afetam tanto a nossa qualidade de vida e podem ser rapidamente tratadas. Porém, outras representam um grande risco à nossa mobilidade.
Esse é o caso da rizartrose, uma doença degenerativa que atinge o movimento das mãos, principalmente da área do polegar. Consequentemente, provoca dor e até imobilidade da região, dependendo do caso.
Nunca ouviu falar sobre essa enfermidade? Então, a seguir acompanhe tudo o que você precisa saber sobre a doença.
O que é rizartrose?
Como um membro da família das osteoartrose, a rizartrose é uma espécie de artrose que atinge a articulação do polegar, chamada de trapeziometacarpiana. Essa é uma articulação formada pela junção do trapézio, do osso do punho e da base do primeiro metacarpo.
O que acontece é que quando a articulação está saudável, os ossos são revestidos de cartilagem. Esse revestimento é importante, pois ele impede que os ossos entrem em contato um com outro. É como se fosse uma espécie de almofada evitando o atrito.
Em uma artrose, os ossos perdem essa camada pelo desgaste e como resultado provoca dores, deformidades e prejudica a capacidade de movimento.
Quais são os principais sintomas?
A dor na região quando faz movimento é, geralmente, um dos primeiros sintomas apresentados dessa doença. Conforme a rizartrose avança, é possível que a pessoa comece a apresentar problemas para realizar alguns movimentos, como escrever, pegar em objetos, tocar instrumentos, abrir tampas etc. Mas, além disso, outros sintomas podem aparecer:
- deformidades na região;
- fraqueza;
- perda do movimento no polegar e entre outros.
Existe também um fator de gênero e idade, afinal mulheres com mais de 40 anos estão mais propensas a apresentar o quadro da doença.
Qual é a causa?
A rizartrose é conhecida como uma doença moderna justamente por atingir, especificamente, o polegar. O que acontece é que como nos últimos anos há uma tendência de usar aparelhos móveis com tecnologia touch, o polegar acaba por executar, por muito tempo, movimentos repetitivos.
Isso pode não causar nenhum tipo de problema em um primeiro momento, mas ao longo prazo, propicia algumas doenças, como LER (lesão por esforço repetitivo), tendinite e artroses.
Além disso, outros tipos de situações podem facilitar o aparecimento dessa doença, como:
- fraturas prévias: algumas lesões, seja por batidas ou traumas podem facilitar o aparecimento da rizartrose;
- frouxidão ligamentar: quando por condição genética em que o corpo não produz colágeno como deveria ou por trauma a articulação fica frouxa;
- doenças reumáticas: uma série de enfermidades que afetam as articulações e também o sistema gastrointestinal, a pele, o aparelho respiratório e entre outros;
- overuse: excesso de repetição de movimento que causa minilesões.
Quais são as formas de tratamento?
Por ser uma doença degenerativa, a rizartrose pode atingir diversos níveis, por isso, precisa de diferentes tratamentos. A maioria dos cuidados está relacionado em evitar a dor. Em casos mais leves, por exemplo, o paciente precisa de repouso, fazer compressa com gelo e aplicar anti-inflamatório da região. Além disso, deve evitar movimentos que provocam os sintomas.
Se houver uma evolução da doença, será necessário o uso de tala ou ortótese para imobilizar a região e oferecer um suporte para o polegar. Agora em casos graves, em que há a confirmação do avanço da rizartrose pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.
Como é a cirurgia para rizartrose?
Como explicamos no tópico anterior, a cirurgia é indicada em casos em que a doença já está em um estágio bem avançado. Portanto, o paciente já não consegue se movimentar e tem muita dor. Nesse sentido, existem três tipos de cirurgias que podem ser feitas. Vamos estender mais a seguir.
Próteses articulares
Nesse caso, há uma tentativa de se colocar as próteses semelhantes às que se utilizam no quadril e no joelho. Porém, como é uma região com movimentação constante da articulação e é preciso força para o polegar, os resultados em relação a isso não são tão satisfatórios.
Artroplastia de suspensão
Essa é a cirurgia tradicional em que um tendão substitui o osso trapézio, funcionando como uma espécie de prótese. É um procedimento que obtém bons resultados, pois o tendão funciona como um estabilizador do polegar e evita que os ossos entrem em atrito. O tendão utilizado é do próprio dedo, geralmente, o abdutor longo do polegar. Ele é responsável por auxiliar na abertura do membro.
Outras cirurgias
Há outros tipos de cirurgias que são mais indicadas para casos especiais e entre elas estão a artrodese e a osteotomia. A primeira é feita em pacientes jovens que não necessitam de tanto movimentos, mas sim força, pois há uma fusão dos ossos. Já a segunda, é também feita em indivíduos jovens. Porém, que possuem dor e instabilidade. Nesse caso, ocorre um reposicionamento do osso.
Como funciona o pós?
Após a cirurgia, o paciente deve utilizar uma tala que imobiliza o polegar, mas permitirá que ele possa movimentar os seus outros dedos. Além disso, ele deve ficar com a mão para cima para diminuir o inchaço e a dor. Uma semana depois, é feito o primeiro curativo e em 14 dias são retirados os pontos, ficando imóvel por 21 dias.
Passado esse período começa o processo de reabilitação em que o paciente deve fazer um programa de mobilização articular com duração de 3 meses, em média. Se a recuperação for 100%, o indivíduo estará apto para voltar à vida normal, inclusive, à prática de esportes.
Ao longo deste texto, falamos sobre a rizartrose, uma doença degenerativa que ataca a articulação do polegar. Provocando dores e também problemas de movimentação da região. Queremos destacar que é muito importante ter o diagnóstico correto antes de tomar qualquer iniciativa de tratamento.
A procura por um especialista se faz necessária, pois só ele pode indicar o melhor a ser feito e dependendo do caso, se existe a necessidade de fazer a cirurgia. Além disso, apenas ele pode diagnosticar se o paciente está realmente com a rizartrose, ou se é outro tipo de lesão.
Esperamos que este texto, tenha ajudado você a entender sobre essa doença que ataca a região do polegar. Quer acompanhar mais informações sobre o mundo ortopédico? Então, siga as nossas redes sociais, estamos no Facebook, Instagram e LinkedIn!
Comments (1)
Vera Maria Ramos .says:
19 de setembro de 2024 at 09:58Meu filho caçula a anos caiu dentro da Cedae da Penha.Levado pela Escola Técnica Federal de Química.
Uma turma de 29 alunos ele foi quem despencou dela por um buraco na passarela sem aviso,ficou em coma teve seUs pulsos cortados em cirurgia POR NECESSIDADE,hoje tem grandes problemas de dores .Apresentou na radiografia:”RIZARTROSE…”