
Desenvolvidas especialmente para cuidar da saúde dos pés e do corpo, as palmilhas ortopédicas são muito diferentes daquelas que vêm direto da fábrica dentro dos calçados, que funcionam somente como um acabamento interno e não oferecem nenhum tipo de correção ou conforto extra.
As palmilhas ortopédicas são acessórios terapêuticos especiais que devem ser compradas à parte, levando em consideração as necessidades de cada um dos usuários. Quer entender mais sobre o assunto e descobrir o que considerar ao adquirir uma? Veja as dicas que separamos para você:
A palmilha ortopédica ideal
Embora não seja tão conhecido, o nome científico das palmilhas ortopédicas é “órtese plantar”. Elas são feitas com materiais específicos para tratar danos à postura e aliviar dores em todo o aparelho locomotor, incluindo pés, pernas, joelhos e tornozelos.
As palmilhas são um instrumento da Podoposturologia, que é a ciência responsável por estudar o impacto dos pés no equilíbrio postural. A partir desses estudos, elas são fabricadas com a capacidade de promover estímulos na região plantar, que influenciam no resto do corpo.
Seu principal papel é alterar a inclinação corporal, reduzindo o impacto nas articulações e a tensão entre os músculos nas pisadas. Por essa razão, as palmilhas ortopédicas ideais são aquelas que ficam bem ajustadas nos pés, proporcionando um apoio adequado e corrigindo a postura dos usuários segundo a indicação de um profissional.
Tipos de palmilhas ortopédicas
O modelo de palmilha que cada paciente deve usar tem que ser definido por um médico especializado — normalmente um ortopedista — que, após avaliar a pisada e a postura de cada um, poderá prescrever uma órtese personalizada.
O diagnóstico deve incluir, além do problema detectado, informações básicas como numeração, região de apoio plantar, peso atual e formação dos pés. Tudo isso influencia na produção do tipo específico de palmilha para cada pessoa, que podem ter objetivos muito diferentes como para solucionar dores no calcanhar, na sola, ajuste de altura, entre outros.
As palmilhas ortopédicas podem ser encontradas prontas ou feitas sob medida. Ambas utilizam um material resistente e flexível, servindo para o tratamento de algum tipo de problema. As opções prontas devem ser avaliadas com cuidado para que se encaixe da melhor maneira ao tipo de pé do paciente.
Há ainda as palmilhas de silicone, que são diferentes das ortopédicas e geralmente indicadas para prevenir doenças e lesões mais graves. Elas oferecem maior conforto no dia a dia, amortecendo o impacto sobre as articulações e os pés — ideais para quem passa grande parte do dia em pé e quer evitar problemas futuros.
Tipos de pés
Entender um pouco mais sobre as diferenças dos tipos de pés ajuda a perceber como é importante encontrar a palmilha perfeita para cada pessoa. Como ela serve para modificar a estrutura natural dos pés, esse é um fator relevante e que precisa ser levado em consideração.
A principal distinção está entre os pés cavos e chatos. Os pés chatos — também conhecidos como planos — não apresentam curvatura e tendem a tocar o chão por inteiro. Já os cavos apresentam a curva muito acentuada e utilizam o calcanhar e o ante pé como apoio.
Esses dois casos são os mais recomendados para o tratamento com palmilhas, sobretudo porque tendem a gerar dores e outros tipos de lesões com o passar do tempo. Normalmente, eles estão associados a causas hereditárias ou algum tipo de sobrecarga.
Entretanto, quando o caso é crônico e as palmilhas não conseguirem resolver totalmente o problema, pode ser necessário algum tipo de cirurgia corretiva — mais um fator que reforça a importância do acompanhamento médico.
O que é possível tratar com as palmilhas ortopédicas
As palmilhas são indicadas para tratar diversos casos, que devem ser identificados por um profissional especializado no assunto. Elas são parte fundamental para a correção de diversos problemas:
- esporão no calcanhar;
- hálux valgo;
- fascite plantar;
- linfedema;
- metatarsalgia;
- neuroma de Morton;
- retenção de água;
- tendinite;
- joanete;
- pé cavo;
- pé chato;
- pé torto congênito;
- má postura corporal;
- diferença de membros (uma perna mais curta que a outra).
Como é possível perceber, são diversos os problemas que podem ser tratados. Por isso, não adianta achar que qualquer palmilha vai resolver o seu caso ― até porque elas podem ser bastante diferentes, como as que vão do calcanhar ao dedo do pé (antero posterior), as que começam no dedão do pé e terminam no último dedo (transversais), entre outras.
Cuidados ao escolher uma palmilha
As palmilhas podem ser consideradas uma espécie de remédio, portanto escolher um modelo é uma tarefa que requer atenção. Afinal de contas, é a sua saúde que está em jogo e não vale a pena colocá-la em risco, não é mesmo? Então, tenha em mente alguns cuidados:
Siga a orientação do seu médico
Somente um médico especializado e um profissional qualificado (como um fisioterapeuta) são capazes de fazer uma análise do pé de cada pessoa antes de indicar qualquer tipo de órtese plantar.
Imagine que cada pé é bem diferente do outro e a palmilha de um amigo ou conhecido — mesmo que ele tenha o mesmo tipo de problema que o seu — pode não fazer o mesmo efeito no seu caso, além do risco de causar danos para a saúde.
Logo, tire todas as suas dúvidas com alguém que entenda do assunto, inclusive para saber por quantas horas no dia é preciso usar a palmilha, como será o processo de adaptação, a duração do tratamento e outras dúvidas.
Escolha um produto de qualidade
Procure referências e indicações — especialmente com o profissional responsável pelo seu caso — para escolher uma marca que seja confiável e ofereça qualidade e conforto para os seus pés. Não ter esse cuidado pode comprometer seriamente o seu tratamento.
Informe-se sobre a vida útil da palmilha
Outra dica importante é verificar a vida útil do produto para que a sua eficácia não seja perdida com o tempo. Normalmente, uma boa palmilha dura até dois anos, o que pode depender muito da frequência de uso — por exemplo, pessoas mais ativas e atletas costumam trocá-las a cada ano.
Enfim, levar em conta todas essas questões no momento de fazer um tratamento de correção ortopédica é fundamental para que o problema seja avaliado e solucionado com seriedade, melhorando a qualidade de vida do paciente.
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